Um olhar diferente para a informação

Arquivo para junho, 2007

Cinema em Belém ainda significa diversão?

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Luz, câmera, ação para o cinema de Belém que não morre

Que cinema é muito bom isso poucas pessoas duvidam. Mas falar de cinema em Belém, principalmente nos últimos meses tem sido uma questão um pouco delicada. A capital paraense passou por um período de fechamento de salas que pareceu que nada ia restar na cidade em termos de sétima arte.
Fazendo um rápido retrospecto, se a rede de Cinemas Moviecom não chegasse a Belém há 3 anos atrás, não teríamos mais cinemas com filmes de circuito. Problema? Bem, se olharmos para o passado, a capital possuía mais de 7 cinemas que exibiam esses tipos de filme.
Mesmo com as salas do Moviecom, Belém ainda continua carente de cinema. Carência que criou um outro tipo de práticas para a área, cresceu na cidade o chamado Cinema Alternativo. Segundo a jornalista Aline Paes, “acho uma ótima, quem dera que tivessem mais cinemas assim em Belém. Em São Paulo, só paga caro quem quer, porque cinema alternativo é o que mais tem, são filmes maravilhosos”.
Um dos principais locais dessa antiga-nova concepção é o Espaço Municipal Olímpia, que depois da polêmica do fecha não fecha, a prefeitura de Belém alugou o cinema e paga uma boa quantia em dinheiro ao grupo Severiano Ribeiro, proprietária do imóvel, para utilizá-lo. Logo que o contrato foi assinado comentou-se na impressa que o valor do aluguel seria de R$10.000,00 (dez mil reais), o que não se confirma.
Daí vem outra discussão. O cinema é pra comunidade, com filmes que não ganham muito burburinho na mídia, mas que tem uma qualidade indiscutível e o melhor, de graça ou muito barato.
Algo me chamou muito a atenção hoje. Logo ao entrar no Olímpia o ambiente era de que não haveria nenhuma sessão. Havia uma fita de isolamento na entrada principal da sala de exibição o que forçou o público entrar pelas laterais. No desvio do caminho, encontramos uma bicicleta estacionada bem ao lado de uma das portas da sala. Alguém que também entrava disse ironicamente: “ah, da próxima vez eu venho com a minha bicicleta também”. Razão ou não é um absurdo uma bicicleta, ainda por cima, velha estacionada dentro do cinema, mas esse era o menor dos problemas.
Quando o filme começou havia no máximo 30 pessoas na sala, isso errando para mais, a impressão era de vazio.

“faltam atrativos e divulgação para o Olímpia”
Jornalista Tiago Chaves, depois de uma sessão de Cinema no Olímpia

Quem fez tanto movimento na cidade quando falaram que o Olímpia ia fechar, bem, não poderia deixar o local ficar da maneira como foi visto hoje. Para o jornalista Tiago Chaves “faltam atrativos e divulgação para o Olímpia”. Isso pode ser constatado, não há cartazes ou qualquer tipo de chamada a não ser o letreiro na fachada do espaço.
Na verdade, ainda temos cinema sim e de boa qualidade e em locais variados: Cine Líbero Luxardo, no Centur; Cine Estação, na Estação das Docas e outros mais. Basta querer faze um programa alternativo e pagar pouco ou nada, deixar de lado, mesmo que por um final de semana, os homens aranha e aproveitar uma comédia muito boa de Wood Allen. Cinema é realmente a maior diversão.


Confira aqui a programação do Cine Líbero Luxardo do Centur até domingo, dia 01/07/07

A prisão sem grades

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Um dos poucos objetos de W.S. que ficaram na casa de J.S

Na noite do dia 20 de setembro de 2005, no município de Marituba, um crime mudaria para sempre a vida de duas famílias. Era perto das 8 da noite quando por um motivo banal, W.S., 20 anos, tirou a vida de um outro rapaz do mesmo bairro: desentendimento e discussão.
Passaram-se quase cinco meses até q e W.S. fosse preso. Tempo em que possivelmente a própria vida dele passou pela cabeça várias vezes. Infância, adolescência, paqueras… Tudo poderia estar por um fio e realmente estava.
Em fevereiro de 2006 W.S. foi preso e levado à delegacia e, de forma justa, começar a pagar pelo erro que cometeu. A foto de W.S foi publicada no jornal de circulação local, o que causou espanto e constrangimento para toda a família.
Por mais que todos os parentes tenham ficado espantados apenas uma pessoa realmente se importou com tudo isso. J.S., 37 anos, a mãe de W.S. Ela conta, em entrevista concedida no último domingo (24/06/07) que o desespero foi grande logo que ficou sabendo. “Perdi completamente meu chão, jamais poderia imaginar que meu filho poderia ser preso, não acreditava que ele tenha feito isso”.
Durante o processo de inquérito, J.S., fez o que podia e o que não podia para conseguir a liberdade para o filho. Contratou um advogado para cuidar do caso, mas a doméstica não tinha dinheiro para pagar os serviços, ela precisou vender praticamente todos os objetos da própria casa. “Geladeira, televisão, mesa, armário… Tudo eu vendi, tudo, fiquei com poucas roupas, cama e o meu teto”, afirmou J.S.

“Mãe, tá de dia ou de noite? Que horas são?”
W.S. Perguntou a sua mãe quando ela foi visita-lo no presídio

Mas o martírio da mãe estava apenas começando. Segundo ela, o advogado que cuidou do caso (não quis revelar o nome) parecia não estar muito interessado na história e pouca coisa mudou desde que pegou o processo. Em pouco tempo o profissional foi substituído.
Ainda em 2006 o inquérito policial foi encerrado e encaminhado à justiça, onde corre até hoje. De acordo com o depoimento de W.S, que consta no processo, “o fato aconteceu em legítima defesa, já que foi ameaçado”. W.S. está preso no Presídio Metropolitano, o PEM 3 à espera do julgamento.
Em uma das visitas, W.S. perguntou a J.S., “Mãe, tá de dia ou de noite? Que horas são?”. J.S., disse que ficou impressionada com a pergunta e que não consegue esquece-la.

“Dormir já não é mais uma coisa normal pra mim, nem viver, só vou ficar em paz quando vê meu filho longe daquele lugar”
disse J.S. emocionada durante a entrevista

No último sábado, J.S., foi até o presídio para mais uma visita ao filho. Como sempre, ela levou roupas e alimento para o jovem. Em duas sacolas pequenas colocou achocolatado em pó e farinha láctea. Quando passou pela revista, o policial do sistema penal ao revistar a mãe e analisar tudo o que ela levou, pegou as duas sacolas e misturou os dois produtos. J.S. falou:
– Meu senhor não faça isso. Essa é a comida do meu filho.
O soldado então respondeu:
– Ah minha senhora, isso vai pra uma barriga só, o gosto é o mesmo. Aqui não é lugar de muitos privilégios.
“Depois que ele disse isso fiquei calada, sem saber o que fazer. Isso partiu meu coração”, lembro J.S. que disse ainda “a maioria dos que nos recebem no presídio são muito cruéis, a dor já é tão grande, isso só faz piorar”.
Durante toda a entrevista, J.S. pareceu ter o olhar vago, como se sempre voltasse ao presídio para lembrar do filho. “Dormir já não é mais uma coisa normal pra mim, nem viver, só vou ficar em paz quando vê meu filho longe daquele lugar”, disse emocionada J.S. durante a entrevista.
A mãe que ganha a vida como diarista se prepara para a próxima visita ao presídio que vai acontecer no domingo, dia 1º de julho, que não será apenas um reencontro entre mãe e filho, mas o que nos olhos dela mostrou, uma renovação da esperança de ter paz.

Obs.: A história é real

Felipe Massa consegue recuperar os pontos perdidos?

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Felipe Massa precisa acelerar fundo para o próximo GP, que será disputado na França no próximo final de semana

Daqui há uma semana será realizado o grande prêmio da França de Fórmula 1. O circo da categoria ta animado, principalmente por conta do estreante Lewis Hamilton da MacLaren, que em 7 provas já cravou 7 pódios e duas vitórias consecutivas (as duas últimas) no Canadá e em Indianápolis. Até aí todo mundo sabe, todo mundo está ciente e diria até espantado, nunca nenhum estreante na história da fórmula um começou tão bem.
Mas o que precisamos perceber é o que acontece com a Ferrari nesse princípio de campeonato.
Há três corridas a Ferrari tem um desempenho que pode ser considerado medíocre se comparado com a mesma Farrari do início do campeonato. Aconteceu uma “desevolução”, sendo que a escuderia italiana dominou os primeiros grandes prêmios.

“Felipe precisa correr por fora, mas correr rápido e torcer pelo azar do inglês. Mas na realidade, falta de sorte não combina com Hamilton”

O que pode acontecer a partir de agora? A Ferrari de Felipe está 19 pontos atrás de Hamilton e o pior, pelo ritmo do inglês ele deve continuar nessa seqüência impressionante de marcação de pontos e pódios, o que dificulta e muito a vida do brasileiro.
Felipe precisa correr por fora, mas correr rápido e torcer pelo azar do inglês. Mas na realidade, falta de sorte não combina com Hamilton. Mas se vale a pena torcer, nessa semana ele destruiu a parte traseira de um kart quando fazia uma demonstração na Inglaterra. Vale a pena continuar torcendo para que ele possa errar também na F1
Precisamos perceber os sinais na Fórmula 1. Nos testes dessa semana em Silverstone, na Inglaterra, Massa foi o mais rápido, mas vale lembrar que Hamilton não estava na pista. Pela MacLaren tinha apenas o piloto de testes Pedro de La Rosa.
Muito bem, temos 7 dias para acompanhar as notícias e o que cerca a Fórmula 1. Parece até que já vai ter a dança das cadeiras. Já se fala, na rádio padock, que seria a nossa boa e velha rádio cipó, que existe a possibilidade que o espanhol, Fernando Alonso, atual bicampeão da categoria, vá parar na Ferrari no lugar de Kimi Raikkonen e o filandês poderia voltar para a equipe de Ron Dennis ou então ir para a Williams. Muito bem, é ver é perceber como as coisas se processam.
No próximo domingo tem mais Fórmula 1 no Blog do França, na verdade logo depois da corrida. Grande abraço.

Belém, metrópole do caos amazônico

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Muitos Carros, para stress dos motoristas

Todos os dias a história se repete pelas ruas de Belém, principalmente logo cedo quando todo mundo resolve sair de casa para ir a escola, trabalho, médico e outras coisas mais que não vem ao caso.

Todas as manhãs pego a Avenida Pedro Álvares Cabral no sentido de quem vai saindo da cidade. Nos primeiros horários do dia e no sentido que eu vou é tranqüilo, o problema é quem vem no sentido contrário. Só de ver o congestionamento vai me dando, o que minha tia chamada nos piores momentos, de aflição. É angustiante ver o congestionamento, a quantidade de pessoas dentro dos coletivos, muitas ali devem estar com o cheiro de ontem a noite, não conseguiram acordar cedo e acabaram não tomando banho e aí foram trabalhar com aquele cheirinho de queijo gorgonzola vencido há seis meses. Outras pessoas que saíram cheirosas e perfumadas de casa passam esse sufrágio coletivo. Outros fazem questão de nem tomar banho, mesmo que tenham acordado bem cedo… fazer o que? Fechar o nariz ou tentar não ficar debaixo das áreas corpóreas que soltam odores repugnantes na ausência de uma limpeza.

“Ei, pára essa m….. de ônibus, eu to atrasado pro trabalhoooooooo”
Passageiro aborrecido em parada de ônibus na Avenida Pedro Álvares

Cenário do inferno? Sim, mas não pára por aí, ainda tem mais coisa, só estamos na ante sala. “Ei, para essa m….. de ônibus, eu to atrasado pro trabalhoooooooo”, grita um senhor, aparentando 43 anos, de uma parada na Pedro Álvares. O motorista atrasado finge que nem ouve e que nem vê, será que isso pesa na consciência dele? Acho que não, ele deve fazer e ouvir isso várias vezes todos os dias.

Verdadeiramente é um saco viajar quase 12 quilômetros estando diante desse tipo de situação, pior ainda é quando o barulho que se ouve é de freadas, aceleração, buzinadas, gente xingando a mãe de não sei quem, o pai do outra, é uma baixaria e o pior, o dia ta apenas começando.
Imaginemos essas pessoas estressadas às 7:40 da manhã como ela vai chegar no prédio do INSS da Avenida Nazaré e se deparar com uma fila interminável de idosos que ela tem que atender durante aquela manhã, imagina o dia romântico que essa criatura vai ter né.

O início de um novo meio de comunicação

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Da esquerda para a direita. Prissa Aguiar, André França (eu), Marcos Valério, Ana Paula e Márcio Wariss no lançamento da Rede Nazaré de Televisão

Esse texto é só um teste. Na verdade, neste mesmo momento eu deveria estar escrevendo o texto do TCC, meus amigos Nilson e Márcio que me desculpem, mas já tô indo lá escrever esse texto.

“”O início é sempre bom. Vamos ver o que teremos de novo aqui””
André França, no lançamento do novo blog