Bicolor Monocromático
Quem é torcedor sofre com o time vencendo (o adversário pode virar), com o time ganhando (é preciso segurar para não perder de virada). Até parece que torcedor foi feito para o sofrimento. Mas também tem o período de alegrias e vitórias que em muitos momentos são a gloria para quem vai as estádios, mas ultimamente para o torcedor bicolor do Paysandu a história tem sido exatamente diferente.
Assim como o adversário, Clube do Remo, o Papão tem muita tradição e sempre arrasta grandes multidões em jogos decisivos ou até em partidas não tão importantes assim, ganhando até destaque nacional por este motivo. Tudo já faz parte do passado. Depois de não passar nem da primeira fase do Campeonato Brasileiro da 3ª Divisão, o clube parece afundar ainda mais em uma crise sem precedentes.
Para o jornalista Ronaldo Gillet, repórter responsável pelas matérias do Paysandu no Jornal Diário do Pará, o que está acontecendo com o papão pode até melhorar o grupo. “É um mal que pode ir para o bem. O Paysandu vai ter tempo para consertar os erros, até mesmo de contratações”, afirmou Ronaldo.
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A situação do grupo só não está pior que o clima na Curuzu. “Parece velório. Casa vazia, com movimentação apenas do pessoal da construção civil. Os jogadores estão sem perspectivas de continuarem por lá” disse Ronaldo.
O cenário para o bicolor é muito ruim. Depois de ter sido campeão dos campeões, ter estado entre a elite do futebol, brasileira quando esteve na primeira divisão, ter sido o último time brasileiro a ter vencido o Boca Juniors em La Bombonera, enfim, depois de tantas felicidades o clube mergulha na crise mais amarga de toda a história.