Um olhar diferente para a informação

Arquivo para julho, 2007

Virou saudade, virou esperança

Depois de 17 dias as pessoas ficam mal acostumadas, ou seria bem acostumadas? Com o final dos Jogos Pan Americanos ficou aquela saudade que dá quando sentimos falta de algo que já havia se tornado nosso e foi embora, deixando um sentimento bom.

Nas manhã, tardes e noites as programações das emissoras de televisão ganharam mais dinamicidade e empolgação, as disputas estavam ali, ao vivo para que quem quisesse ver e ouvir.

Neste domingo, 29/07/07, a prova da saudade estava estampada na festa que aconteceu no Maracanã. Mas uma vez se repetiu uma cerimônia simples e significativa, as vaias não estiveram fora da programação, mas isso é um pequeno detalhe, o que realmente fica desses jogos é o legado que o Brasil colocou nas costas: é a demonstração de que tem condições de organizar um evento esportivo internacional de grande porte, capaz de unir todos os continentes.

Problemas aconteceram, faltou luz no Estádio Olímpico, entrou um louco no gramado do Maracanã no jogo das meninas do futebol, choveu na quadra de tênis na final, enfim, aconteceram imprevistos que são vistos e perdoados em qualquer lugar do mundo, é só lembrar da maluca que entrou no treino da seleção brasileira na suíça, dias antes da Copa do Mundo do ano passado, a lona que cobria o estádio de Frankfurt (Alemanha) furou depois de uma chuva torrencial na decisão da Copa das Confederações. O Brasil está bem na foto, pelo menos pra nós, vai que a falta de luz no estádio do Brasil deixe mais escuro que na França, por exemplo. Para nós sempre é tudo mais difícil….

“o Rio de Janeiro organizou os melhores Jogos Pan-Americanos da história. Nos vemos em 2016″ Mario Vázquez Raña, Presidente da ODEPA (Organização Desportina Panamericana)

Mas vamos torcer e ficar com as palavras do glorioso presidente da ODEPA (Organização Desportina Panamericana), Mario Vázquez Raña dizendo, “o Rio de Janeiro organizou os melhores Jogos Pan-Americanos da história. Nos vemos em 2016″, esse ano é de Jogos Olímpicos, isso é um excelente indício não é? Quem venham os jogos olímpicos.

Não pára por aí, o Brasil deve ser a sede da Copa do Mundo de 2014. Já pensou?

OBS: Só um detalhe o presidente da ODEPA, Mario Vázquez Rama, não lembra o seu barriga do seriado Chaves?

Vencedor com cara, jeito e atitude de derrotado

Aconteceu de tudo no grande prêmio da Alemanha de Fórmula 1 nesse final de semana, mas sem dúvida a grande emoção ficou restrita a dois momentos. O primeiro foi exatamente quando Fernando Alonso ultrapassou Felipe Massa faltando oito voltas para o final da corrida. O outro momento, agora de tensão, foi minutos antes do pódio.

Quando se preparavam para receber os prêmios começou uma discussão entre o brasileiro e o espanhol. Confesso que não gosto de violência, mas não via a hora da confusão piorar e ver Felipe mudando de esporte….

Toda a discussão começou depois da bendita ultrapassagem. Quando Alonso superou o Massa e ainda chegou a bater no Felipe quase tirando o brasileiro da corrida. Exatamente isso gerou o bate-boca, Felipe Massa foi tirar satisfações com Alonso e o espanhol não poderia ter reagido da pior maneira possível: deboche.

E agora com o Fernando Alonso, que mesmo tendo seus dois títulos mundiais, e diga-se de passagem, merecidos, está muito longe de ser um verdadeiro campeão.

O pior de tudo é quando o vencedor fica debochando da “cara” do vencido. A atitude anti-desportiva além de merecer punição é um excelente estopim para o início de confusão. Assim acontece com as gloriosas cubanas do vôlei de quadra, acontece com as cubanas do handebol e agora com o Fernando Alonso, que mesmo tendo seus dois títulos mundiais, e diga-se de passagem, merecidos, está muito longe de ser um verdadeiro campeão. Que viva Michael Schumacher, Ayrton Senna, Felipe Massa e mais do que nunca Lewis Hamilton.

À espera da Globo

Quem assistiu televisão na terça (17/07), quarta (18/07) e hoje (18/07) tem noção de toda a tragédia que aconteceu em São Paulo e que na verdade ainda não terminou, a parte mais dolorosa começa exatamente agora. Cada vez que as imagens das chamas ou até mesmo da simulação do que pode ter acontecido em Congonhas são mostradas é chocante.

Durante toda a programação da cobertura jornalística do fato dá pra se ter uma idéia para analisar o trabalho dos jornalistas na fatídica noite de terça-feira (17/07/07).

É indiscutível que a Band saiu na frente em relação a ser a primeira a mostrar o fato e trazer as primeiras notícias. Em seguida veio Record, Globo, Rede Tv, Cultura…. Todas as redes de televisão estavam ali, mostrando tudo a todo o Brasil. Programações foram interrompidas para o registro ao vivo do acidente com o avião da TAM.

A Band, foi a única emissora que ficou ininterrupta na transmissão de todo o fato, a Record, também dispensou grande parte de sua programação para o fato, As duas emissoras paulistas fizeram a diferença na cobertura e foram consideradas por muitos críticos como a melhor transmissão de todas.

Além, é claro, da tragédia, a grande decepção da noite foi a Globo. Nos primeiros momentos a emissora se deteve em mostrar os fatos apenas em flashs que duravam no máximo 10 minutos. O que foi mostrado já não era mais novidade, as outras emissoras já haviam dito e repetido, neste ponto a Tv Globo não conseguiu ser diferente.

Não há no Brasil quem não fique perturbado com a trilha sonora do plantão da Globo. Minha mãe, Auxiliadora, pelo menos, sempre que ouve a música diz: “iiii… Morreu alguém” e quase sempre ela está certa.
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Já passava das 8 da noite e o Jornal Nacional não havia começado. 20:10, 20:20 e nada do Jornal mais importante do país entra no ar. Enquanto isso os telespectadores acompanhavam a cobertura do caso em outras emissoras, você também deve ter acompanhado, você também deve ter, por várias vezes, trocado de canal na esperança de ver as notícias na Globo e sempre deu de cara com os 7 pecados. Uma tristeza.

8:30 da noite, eis que começa o JN. Neste momento uma reflexão foi fulminante. Imagina como devia estar a redação da Globo momentos antes do JN entrar no ar. Corre, corre, matérias que entrariam no jornal, mas todas, com exceção das do Pan, foram tiradas para dar prioridade ao acidente.

Quando o Jornal entrou no ar era visível que tudo estava de improviso tanto para o apresentador quanto para os repórteres. Arisco até a dizer que o Jornal Nacional de 17/07/07 foi medíocre para, digamos, os padrões Globo. Mas é inegável, muitos do que assistiam a cobertura em outras emissoras mudaram para a Globo atrás de outras informações, ou da dita informação completa.

Esse estigma que a Globo tem de ser sempre a preferida não começou agora, já vem ao longo da história da emissora carioca. Com uma cobertura boa ou péssima, como foi o caso do acidente da Tam, a Globo vai continuar sendo a Globo, feliz-ou-infelizmente, não há no Brasil quem não fique perturbado com a trilha sonora do plantão da Globo. Minha mãe Auxiliadora, pelo menos, sempre que ouve a música diz: “iiii… Morreu alguém” e quase sempre ela está certa.

De novo não seleção

O Brasil foi campeão da Copa América, uma festa para os brasileiros que estavam diante da tv no domingo a tarde, horário que geralmente as programações nas emissoras não passam de uma disputa por quem é menos ruim.


Somos campeões em cima da Argentina, mas em 2003 também levamos a melhor vencendo nossos hermanos, por isso precisamos voltar no tempo. Há quatro anos começamos muito mal o campeonato, este ano também. Parecíamos uma equipe de pouca competitividade, situação bem parecida com o torneio anterior, mas aconteceram mudanças rápidas em um curtíssimo espaço de tempo. O que aconteceu na final? O Brasil voltou a ser um super time? Novamente uma mega potência, quase imbatível?

A maior rede de televisão do Brasil também pensou e apostou nisso e levou para a Alemanha, sede do último campeonato mundial, mais de 180 profissionais, foi a maior equipe para uma transmissão esportiva fora do Brasil, autoconfiança total.

Em 2003 ganhamos nas penalidades e nos enchemos. A seleção brasileira voltou a ser a melhor do mundo, não só pelo título, mas no jogo, no campo, uma beleza de seleção. Dois anos depois ganhou a Argentina na final da Copa das Confederações com direito a samba e pandeiro na comemoração, a seleção brasileira já não era mais apenas uma beleza, era invencível. Seremos campeões do mundo em 2007.


Os treinos na Suíça eram o prenúncio da vitória. Muito riso, muita confiança, na verdade, muito excesso de confiança. Seremos campeões do mundo. A maior rede de televisão do Brasil também pensou e apostou nisso e levou para a Alemanha, sede do último campeonato mundial, mais de 180 profissionais, era a maior equipe para uma transmissão esportiva foram do Brasil. A cobertura da vitória seria completa, seria, se o salto alto da seleção não estivesse tão alto assim chegando a ficar acima do bem e do mal e deu no que deu.


Os caminhos que a seleção começa a percorrer agora parecem ser parecidos com os de três anos atrás, será que a história vai se repetir? Ter ganhado a Argentina no último domingo vai fazer bem para a digestão da seleção mais tarde? Não adianta “papar” os argentinos agora e ter problemas gástricos com a França depois.

O que fazer quando se é fã de Harry Potter?

o-primeiro-na-fila.jpg Dagomir Gomes, de 41 anos, foi o primeiro da fila. A série Harry Potter prova que não foi feita apenas para crianças.

Não era criança, muito menos adolescente. O primeiro da fila no cinema para ver o filme de Harry Potter e a Ordem da Fênix era um, digamos, rapaz de 41 anos. A sessão que Dagomir Gomes assistiu foi a de 18:15, ele chegou ao cinema às 15:30, quase três horas antes do início. Ele assume que é um grande fã da saga Harry Potter. “Já li todos os livros e assisti a todos os filmes. Harry Potter não é coisa de criança, a autora da série não fez o filme apenas para os menores, é só olhar para a fila”, disse Dagomir. No mesmo instante obedeci ao entrevistado e era visível, a primeira criança estava um pouco longe na fila.

“A vendedora enganou a gente. Nós pedimos para ver à estréia e ela nos jogou para sexta-feira. Ficamos tão felizes quando compramos os ingressos que nem percebemos isso”
, disse, Beatriz, aos risos.

Mas nem todos chegaram tão cedo. As amigas, Beatriz Lopes, 17 anos e Karina Oliveira, 20, chegaram 15 minutos antes de a sessão começar. O interessante delas é que compraram os ingressos no dia 1º de julho, queriam ir à estréia, na quarta-feira passada (11/07/07). “A vendedora enganou a gente. Nós pedimos para ver à estréia e ela nos jogou para sexta-feira. Ficamos tão felizes quando compramos os ingressos que nem percebemos isso”, disse, Beatriz, aos risos.


Karina e Beatriz levavam os ingressos nas mãos como se fossem troféus. “Temos que ter cuidado pra não perdermos. Tudo está sendo uma aventura”, afirmou Karina.


Na porta do cinema vale tudo, até vir fantasiado de Harry Potter, como fez o pequeno Carlos de 9 anos, com direito à capa e cicatriz no rosto, tudo para parecer com o ídolo.


Momentos antes das portas da sala se abrirem, as filas formadas eram enormes. Cada um aparentava saber um pouco da história, vários pequenos grupos de conversa foram se formando e o debate não podia ser outro: Harry Potter. Todos pareciam ansiosos, que o diga a administradora Cássia Bandeira, que trouxe quatro crianças sobrinhos o cinema. Ela foi corajosa e deixou para comprar os ingressos em cima da hora e conseguiu assistir ao filme.

“Já li todos os livros e vi filmes. Minhas expectativas são de que este filme é muito bom”

afirmou Joana.

As portas da sala finalmente são abertas. Quem esperou muito por esse momento foi Joana Mendes, 16 anos. Paraense que mora em São Paulo, ela conta que já leu todos os livros de Harry Potter. “Já li todos os livros e os filmes. Minhas expectativas são de que o filme é muito bom”, afirmou Joana. Perguntei a ela se não achava estranho assistir a um filme em que já sabe como funciona toda a história e principalmente o final. Joana então respondeu que, “não é estranho. Vou perceber se o filme é realmente fiel ao livro, estou emocionada”.


O filme é realmente bom e o mais importante, fiel ao livro, como poucas alterações. O momento de maior alvoroço dentro do cinema foi, sem dúvidas, o do primeiro beijo de Harry.

Já no final, como não poderia deixar de ser, aplausos para mais um filme de Harry Potter. Na saída deu pra ouvir alguns comentários do tipo: “vou comprar ingresso para amanhã, quero ver mais umas 3 ou 4 vezes”.

A batalha real no campo virtual

linux-para-publicar.jpg Na animação publicada no fotolog da Daniele no dia 03/07/07, o Linux aparece como o sistema operacional em alta.

Você já ouviu falar em Software Livre? Em Linux? Pois bem, essas 3 palavras tem causado mudanças profundas dentro da área de informática. Software livre é, digamos, o novo estilo de vida dentro do mundo virtual. Significa basicamente ter a possibilidade de poder criar, aperfeiçoar e distribuir na rede (internet) um sistema operacional, programa ou qualquer tipo de suporte para computador. Com essa mobilidade, o usuário também pode transformar o sistema ou o programa a partir de suas necessidades.
Já o Linux é um sistema operacional que funciona no computador assim como Windows. Criado em 1991 o Linux é baseado no principio de software livre, ou seja, ele está constantemente sendo desenvolvido pelos usuários do mundo inteiro. É ai que inicia o “combate” entre os dois sistemas operacionais.

“Eles (Microsoft) precisam inovar e ter novidade para o mercado, isso deve aparecer, eles sabem fazer dinheiro”
, constata Ezyo Lamarca ao falar do futuro da microsoft.

Para Ezyo Lamarca, funcionário do SERPRO (Serviço Geral de Processamento de Dados) do Governo Federal, “o sistema Linux funciona melhor que o Windows. O sistema é correto, sem falhas de códigos ou de qualquer outra natureza, diferente do criado pela Microsoft”.
Ezyo também garante que outra grande diferença é que o Linux pode ser utilizado de forma livre, sem o pagamento de licenças e renovações. Tudo pode se baixado da internet, de maneira legal, já o Windows não, é necessária licença para qualquer novo produto e não saem por menos de R$ 300,00.
Mas Ezyo acredita que a Microsft deve apresentar ou mudar de estratégia para não perder mercado. “Eles (Microsoft) precisam inovar e ter novidade para o mercado, isso deve aparecer, eles sabem fazer dinheiro”, constata Lamarca.
Mas nem todos são adeptos da utilização do software livre. Em Belém, por exemplo, há 4 anos existe um grupo chamado MSBel (Microsoft Belém). No movimento existem 150 pessoas que além de trabalharem com produtos da empresa de Bill Gates, oferecem suporte para os usuários do sistema na capital paraense.

“Se colocarem o Windows e o Linux para eu escolher, fico com o Windows, sem dúvida. Nunca usei o Linux”
. Jenner da Rocha, diretor do Grupo MSBel.

Segundo Jenner da Rocha, diretor do MSBel, substituir o sistema Windows pelo Linux não está nos planos dele. “O Windows é um sistema que eu confio. Além da experiência que já tenho. Eu consigo uma abrangência muito maior com ele”, garante Jenner que afirmou ainda, “se colocarem o Windows e o Linux para eu escolher, fico com o Windows, sem dúvida. Nunca usei o Linux”.
Perguntado sobre as falhas no sistema Windows e o número inferior de erros no Linux, Jenner disse: “não existe nenhum sistema perfeito, sem falhas, o Windows tem problemas como qualquer outro, o Linux também não escapa”.
Mesmo que o debate sobre o software esteja ampliado, a popularidade do Linux é inferior se comparado ao Windows. Mas para muitos técnicos da área isso deve mudar.

A propaganda através da pirataria

Boa parte da popularização do Windows vem através da pirataria do sistema operacional e de programas para ele. Não existem dados concretos em parte nenhuma do mundo sobre número de produtos da Microsoft que estão no mercado e são piratas. Para constatar o problema nem é preciso, muitas vezes, sair de casa não é mesmo?
O fato é, de um lado está o Linux, livre, e se mostra um forte candidato a preferência dos usuários, no entanto ainda pode ser considerado desconhecido. Do outro lado está o poderoso império Windows, popular e tendo como dono o segundo homem mais rico do mundo, será que essa balança desequilibra?

Seleção Brasileira dá show e vence

julio-batista.jpgJúlio Batista brigando pela bola com o jogador Chileno. Foto G1

A seleção brasileira de futebol deu um show pra cima do Chile na partida valendo pelas quartas de final da Copa América. A partida terminou em 6 X 1 para o Brasil. Mas o resultado não pôs fim ao dilema que a seleção vem sofrendo desde que foi desclassificada pela França na Copa do mundo do ano passado, o que muitos não querem nem lembrar.
Foi uma goleada como há muito tempo não se via, mas o Brasil jogou contra ninguém. A seleção chilena estava completamente apática na partida, só apareceu quando o jogador Mark González marcou um golaço encobrindo o goleiro brasileiro. Sinceramente, o gol valeu pelos seis do Brasil.
O jogo foi fácil, mas o Brasil mais uma vez mostrou pouco para, digamos, os padrões da seleção, se é que ainda existe esse padrão. Muitos passes errados dignos de campeonato de bairro, lances estranhos.

“Nos jogos mais importantes o Brasil ou perdeu ou empatou, condição complicada para uma seleção cinco vezes campeã mundial”.

É difícil saber se a seleção brasileira jogou melhor nessa partida em relação às duas primeiras na Copa América, contra o México (derrota para o Brasil 2X0); Chile (vitória 3X0) e o Peru (vitória apertada de 1X0). Em todas as partidas a seleção brasileira foi muito lenta, não parecia ter garra ou vontade para jogar, sempre fez o que parecia apenas o básico, muito feio por sinal.
Fazendo um retrospecto da era Dunga na seleção dá pra sentir o tamanho do drama. Vamos considerar as partidas do Brasil contra Portugal, em fevereiro desse ano e Brasil vs Inglaterra, em junho. Contra Portugal, de Luiz Felipe Scolari, a seleção perdeu de 2X0 e no confronto com a Inglaterra apenas empatou em 1X1. Ou seja, nos jogos mais importantes o Brasil ou perdeu ou empatou, condição complicada para uma seleção cinco vezes campeã mundial.
Mas terça-feira começa a prova de fogo. O Brasil pega o Uruguai nas semi-finais da Copa América, aí vai ser bom saber se a goleada de ontem (07/07/07) realmente foi de uma seleção forte ou apenas o acaso das circunstâncias.

Massa dá show, mas perde

raikkonen4.jpgSem Massa na corrida, o caminho ficou livre para Raikkonen vencer. Foto G1

O circo da Fórmula 1 não pára e nesse final de semana chegou a Silvertone, Inglaterra. O domingo de corrida foi emocionante e quase perfeito, quase, se o motor de Felipe Massa não apagasse minutos antes da largada. Com o problema, o brasileiro foi obrigado a larga dos boxes, na última colocação.
Felipe voou na pista. Em quatro volta já havia feito mais de 12 ultrapassagens, muito para os padrões atuais da Fórmula 1. A excelente corrida de Massa serviu para que ele chegasse na quinta posição, perdesse a terceira colocação do campeonato para Raikkonen e também que ficasse apenas 1 ponto atrás do Finlandês no mundial de pilotos.
Foi de Kimi (o sortudo) o lugar de honra no pódio, ele desbancou Hamilton (dono da festa) e Alonso (o frustrado).

O campeonato ainda não acabou, faltam 8 corridas, 8 finais de semana para saber que será o novo campeão do mundo ou se Alonso continua no trono.

Hoje, Hamilton deu muita sorte, andou lento e cruzou a linha de chegada 30 segundos depois do líder. Mesmo tendo perdido, o inglês continua sendo o primeiro no campeonato com uma vantagem de mais de 10 pontos em relação ao segundo lugar. Mas será que Hamilton está na paz?
Nas duas últimas provas a Ferrari mostrou reação e venceu. Será que a MacLaren ainda está na paz? Se o pensamento estiver voltado para hoje, podemos dizer que a equipe inglesa está muito tranqüila, tanto no mundial dos pilotos, como no de construtores, mas o campeonato ainda não acabou, faltam 8 corridas, 8 finais de semana para saber que será o novo campeão do mundo ou se Alonso continua no trono.
Na próxima terça-feira tem treino para os pilotos em Spa Francochamp, Nurgurgring, outro momento em que muitas mudanças devem acontecer. As equipes vão ter tempo para isso. A próxima corrida só acontece só no dia 22 de julho, portanto, duas semana para o Grande Prêmio da Alemanha.
Mesmo estando e quarto no campeonato, Felipe Massa ainda está na briga, nada foi decidido ainda, mas é preciso correr e muito rápido.

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Luz para o público, câmera para os artistas, ação para o cinema paraense

4-festival-copy.jpg Festival Movimenta Belém até domingo

Durante toda essa semana Belém é a sede nacional do cinema. O 4º Festival de Belém do Cinema Brasileiro é uma excelente vitrine para mostrar muito da produção local à cineastas de todo o Brasil. É período de muita festa, não era para ser diferente. Festival é sempre festival. Mas atrás de toda festa existe uma situação que precisa ser revista e repensada.

“Nossa produção tem qualidade sim. Estamos dando longos passos aqui no Pará na produção de longas e curtas. Nós já temos um respaldo lá fora”
Emanoel Loureiro, cineasta paraense e coordenador do 4º Festival de Belém do Cinema Brasileiro.

O cinema paraense ainda não possuiu uma produção extraordinária, mas estamos bem à frente de todos os Estados do Norte e parte do nordeste. Mesmo assim, o que é feito por aqui acaba tendo visibilidade somente em eventos como o festival ou em outras programações muito pontuais. “Nossa produção tem qualidade sim. Estamos dando longos passos aqui no Pará na produção de longas e curtas. Nós já temos um respaldo lá fora, mas precisamos de mais divulgação”, afirmou Emanoel Loureiro, coordenador do 4º Festival de Belém do Cinema Brasileiro, ontem à noite (02/07/07) durante a abertura do Festival no Cinema Olímpia.

Quando é que percebemos que Belém tem uma produção na sétima arte, digamos, em larga escala? Somente nos festivais? Somente no festival que acontece a cada ano? Não é um intervalo muito grande para poder divulgar a produção local, que não é pequena? As vezes parece que pecamos (nós paraenses) por ausência, falta de divulgação e formação de público. É só analisar um pequeno detalhe.

Durante o festival, as salas de exibição ou os espaços para debates entre cinéfilos ficam sempre lotados, diferente de outros períodos (Leia mais sobre a falta de público nos cinemas em: Cinema em Belém ainda significa diversão?), isso é um problema, o público não pode ser formado em um período curto e simplesmente desaparecer durante todo o ano.

No Pará, com destaque a Belém, são os poderes executivos, Governo e Prefeitura, os maiores pulverizadores dessa área de cultura e até me arrisco a dizer que são quase os únicos que entram com verbas de patrocínio, apoio…. A iniciativa privada, digamos assim, quase não tem participação nos produtos cinematográficos locais, o que também sufoca tudo ligado a áudio e vídeo nos projetos independentes.

Não colocamos Governo e Prefeitura na cruz, muito pelo contrário, ainda bem que há participação deles, mesmo com as limitações orçamentárias, existe. Deveria acontecer é um equilíbrio do outro lado da balança.

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O pódio só tem lugar para três

raikkonen1.gifRaikonnen cruzando a linha de chegada na França
Foto: G1

O que a torcida brasileira e ferrarista esperava aconteceu. O final de semana foi dominado pela escuderia italiana em Magny-Cours, onde foi disputado o Grande Prêmio da França de Fórmula 1. Quem via a superioridade das MacLaren já poderia prever um desfecho que seria favorável para a equipe britânica, mas não foi bem isso que aconteceu.
Nos treinos de sexta, sábado e momentos antes da corrida a Ferrari mostrou sempre superioridade, um avanço que pereceu quase como uma salvação para a escuderia. A corrida de hoje (01/07/07) mostrou bem a evolução dos carros de Felipe Massa e de Kimi Raikkonen, tanto que logo na largada, Kimi, então na terceira posição, ultrapassou Hamilton e assumiu o segundo posto na corrida e assim foi até vinte voltas antes do final da prova quando, em estratégia de boxes, passou de Felipe e venceu a prova.
Na semana passada, aqui no BLOG DO FRANÇA comentei justamente da importante reação da Ferrari que deveria acontecer na França (Leia a matéria: Felipe Massa consegue recuperar os pontos perdidos?) e ela aconteceu, mas ai que faltou uma análise importante em toda a história. A Ferrari não tem apenas Felipe Massa como piloto, Raikkonen também está no páreo, agora mais do que nunca. Com a vitória de hoje, o finlandês chegou aos 42 pontos, cinco a menos que o brasileiro, isso dá à Raikkonen condições de disputa e o pior (para nós brasileiros) é que essa disputa também se refere à preferência dentro da equipe italiana, o que ainda não está bem definido.

Quem vai ficar na frente? O pódio só tem lugar para três. Então que vença o melhor e se valer a torcida, que o melhor seja Felipe Massa.

A situação está embolada. Basta o Hamilton não completar uma única prova e Alonso, Massa e Raikkonen terminarem em primeiro, segundo e terceiro, não importando quem termine onde, pronto, o campeonato ou o restante dele está prestes a pegar fogo. Como vão ficar as outras provas? Quem vai ficar na frente? O pódio só tem lugar para três, locais em que está estão em jogo 10, 8 e 6 pontos. Então que vença o melhor e se valer a torcida, que o melhor seja Felipe Massa.
Mas ainda existe uma outra situação importantíssima de se levar em consideração. No ritmo de Hamilton é quase improvável que ele apresente algum tipo de problema ou erro, mas assim como ele já teve a primeira vitória ele também pode ter o primeiro erro feio e sair da pista, o problema é que a próxima corrida, no domingo que vem (08/07/07) é em Silverstone, Inglaterra, a casa de Hamilton, mas uma vez é só esperar é vê o que acontece.
Até a próxima.

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